Briga entre vizinhos por causa do som do alarme de casa termina em morte no DF
02/07/2024
(Foto: Reprodução) Segundo Polícia Civil, desentendimento durava três anos. Vítima, de 29 anos, 'tinha problemas psicológicos e hipersensibilidade a sons' diz família; suspeito foi preso. Athos Henrique da Silva Santos foi morto por vizinho no Distrito Federal
Arquivo pessoal
Uma briga entre vizinhos acabou com um jovem de 29 anos morto, no último sábado (29), em Samambaia, no Distrito Federal. O motivo da discussão foi o barulho do alarme da casa de um deles, que gerava conflitos há três anos.
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Segundo a polícia, Athos Henrique da Silva Santos, de 29 anos (foto acima), foi até a casa do vizinho, com uma faca, reclamar do barulho do alarme. Conforme a família, Athos tinha problemas psicológicos e hipersensibilidade a sons (saiba mais abaixo).
O jovem teria dado um chute no portão e voltado para a própria casa. Depois disso, o dono da casa com alarme, que tem 33 anos, foi até a casa da família de Athos com uma arma. Os dois discutiram e o homem atirou em Athos duas vezes, segundo o boletim de ocorrência da polícia.
O jovem caiu e, ainda de acordo com a ocorrência, o vizinho atirou várias vezes nele, já caído. Athos morreu no local, e o suspeito fugiu de moto, mas foi preso nesta segunda-feira (1º). A reportagem tenta contato com a defesa do preso.
Sensor de alarme da casa de homem que matou vizinho por causa de barulho no DF
Reprodução
'Tinha problemas psicológicos', diz pai da vítima
O pai da vítima, que não quis se identificar, contou que Athos tinha depressão severa, bipolaridade e hipersensibilidade a sons, por isso, o filho reclamava do barulho do alarme da casa do vizinho.
"Meu menino sempre foi uma pessoa boa. Passou duas vezes na UnB, para administração e farmácia, mas por causa da problemática, do psicológico, ele não conseguiu e trancou a matrícula. Ele sempre ficava dentro de casa", diz o pai da vítima.
O pai de Athos contou ainda que chegou a conversar com o vizinho e explicar as condições do filho, dizendo que poderia "apresentar os laudos" referentes aos problemas do jovem.
"Eu falei para ele [vizinho] ir até a polícia, registrar boletim, mas ele disse que resolveria a situação de outra maneira. Eu não esperava que a outra maneira seria desse jeito que ele fez", diz o pai de Athos.
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