Cultura ballroom: Conheça movimento que acolhe pessoas LGBTQIAPN+

  • 29/06/2024
(Foto: Reprodução)
Distrito Federal é pioneiro na cultura que enaltece trans, travestis e pessoas pretas por meio da dança e arte. Madonna e Beyoncé tornaram movimento popular; entenda. Premiação após evento ballroom no Distrito Federal Foto: Interlúdio Pro Premiação após evento Ballroom no Distrito Federal Foto: Interlúdio Pro O Distrito Federal é pioneiro na cultura ballroom, um movimento que enaltece pessoas trans, pretas e travestis a partir de batalhas de dança e performances. Nascido nas comunidades LGBTQI+, negra, latina e periférica dos Estados Unidos, o ballroom ganhou popularidade nos anos 1990 com a música e o clipe Vogue, de Madonna. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp Mais recentemente, além de Madonna com a turnê "Celebration", Beyoncé ajudou a popularizar os dançarinos e a cultura ballroom com o álbum "Renaissance". O movimento trabalha com a reafirmação da identidade de gêneros e sexualidade. Afinal, o que é ballroom? 🪩 Prévia - Segura Essa Pose O ballroom ou cultura de baile, além de ser um espaço de inclusão para corpos trans , pretos e latinos, tem um viés político e de competição. Por meio das performances, os bailarinos desfilam e dançam em batalhas de vogue. Nessas competições, os jurados avaliam os participantes com notas "10", as máximas, ou "chop", quando o candidato é eliminado. Isso aconteceu no show de Madonna no Rio de Janeiro, quando Anitta subiu ao palco e as duas artistas deram notas para apresentações (relembre em vídeo abaixo). Anitta participa do show de Madonna em Copacabana, no Rio Na cultura ballroom, existem as casas – ou houses – que apoiam os grupos que se enfrentam. Nas batalhas, o que interessa é a arte e o pertencimento (saiba mais abaixo). Distrito Federal é pioneiro na cena ballroom 📌 DJ Úrsula em discotecagem durante encontro ballroom, no DF Foto: Bruno Cavalcanti O primeiro registro de uma "ball" – como são chamados os encontros – no Brasil, foi em 2015 em Brasília. Úrsula Zion, DJ e nome presente na cena, diz que sua vida ganhou um novo significado após ter conhecido o ballroom. Ela já era adepta da dança vogue quando foi chamada para discotecar em um baile. Desde então, Úrsula conta que se apaixonou pela cultura e que nunca mais "largou os bailes". "Pra mim é uma tecnologia social que tem a capacidade de salvar a vida das pessoas e coloca-las dentro do mercado de trabalho", diz a DJ. Ressignificação 🏠 Registro de batalha do PositHIVa Ball por COB TV A Garnet Onijá, artista da Casa de Onijá, na Ocupação Cultural Mercado Sul de Taguatinga, faz parte de um movimento de resistência. Desde 2019 ela trabalha no projeto Vivência Ballroom Mercado Sul. A ideia é dar formação profissional por meio da dança vogue. Mas, além disso, conversar sobre temas como diversidade sexual, gênero e direito à cidade com pessoas pretas, trans e travestis. "Todo mês pessoas novas querem fazer parte e conhecer. Nós, de dentro, buscamos a melhor versão da nossa performance, das nossas vidas, da nossa história. Mesmo que tenhamos atritos, 'todes' nós celebramos nossas vidas", diz Garnet. Garnet performando em um dos bailes que ocorrem por todo DF Foto: Webert da cruz Apesar de toda celebração, o preconceito com os membros da cultura ballroom ainda é recorrente, dizem os membros da comunidade no Distrito Federal. Segundo eles, embora os artistas do DF sejam muito bons, não é possível viver da arte. "O elitismo é muito comum, mas eu acredito que seja uma má distribuição de oportunidades. Artistas incríveis têm que lutar pra ter um pouco de espaço e visibilidade, pra ter trabalho de fato, pra sobreviver da arte, performance, teatro e rap", diz Garnet Onijá. Protagonismo transmasculino 💪🏻 BSB Trans masc acolhe figuras transmasculinas no DF Foto: Prêmio Jorge Lafond 2024 O coletivo de transmasculines do Distrito Federal acolhe homens trans e não-binários que participam da cultura ballroom. É uma espécie de rede de apoio, dizem os artistas Maré Moreno, Ariel Pessoa, Ariel Antunes e Sintra Rodrigues, organizadores do coletivo. Segundo eles, o grupo surgiu da necessidade de discutir a invisibilidade. O objetivo é a garantia de direitos básicos como trabalhar, ou gestar e mesmo abortar legalmente em situações de violência. " Queremos denunciar o assedio sexual que ocorre com nossos corpos, reivindicar um tratamento digno pela sociedade e, principalmente, legitimar a pluralidade das transmasculinidades para dentro e fora da cultura ballroom", dizem. Princesa dos Cristais💎 Crystal em look de Vittor Sinistra, estilista que veste nomes como Gaby Amarantos e Lexa Foto: Pedro Barcellos Crystal Iconic faz parte da Casa De Abloh, a casa que atualmente possui maior quantidade de pessoas trans no Distrito Federal. Para ela, enquanto travesti, o ballroom veio para externalizar suas emoções através das danças e batalhas. "É uma irmandade, uma família que eu criei. É muito bom ter pessoas com quem você pode contar, crescendo e em crescimento, junto com você", conta Crystal sobre pertencer a uma "casa". O rosto de Crystal já foi estampado em uma exposição no Museu Nacional da República, em Brasília, e ela se tornou modelo de diversas marcas nacionais. "É muito importante ver pessoas como nós sendo projetadas em atmosferas grandes, isso enriquece a nossa cultura. Só não enriquece quando não é usada da maneira correta", diz a artista. Conheça as casas de ballroom no DF 👹Casa De Abloh : 👉🏻Clique aqui para seguir e conhecer a casa 💘Casa De Eros Etérea: 👉🏻Clique aqui para seguir e conhecer a casa ⚔️ Casa De Onijá: 👉🏻Clique aqui para seguir e conhecer a casa 🌸Casa De Laffond: 👉🏻Clique aqui para seguir e conhecer a casa 🔻Pioneer House Of Hands Up (Primeira casa de ball do Brasil): 👉🏻Clique aqui para seguir e conhecer a casa Cultura Ballroom LEIA TAMBÉM: PESSOAS TRANS: DF registra aumento na mudança de nome e gênero nos cartórios ENSAIOS DE 'PRISCILLA': Reynaldo Gianecchini se defende de críticas por vídeo dançando Madonna Leia mais notícias da região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2024/06/29/cultura-ballroom-conheca-movimento-que-acolhe-pessoas-lgbtqiapn.ghtml


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