PF investiga suspeitos de emitirem título de eleitor e inscreverem artistas e políticos como mesários
25/06/2024
Mandados foram cumpridos em quatro estados brasileiros; entre vítimas estão pessoas públicas, não identificadas pela corporação. Invasão não envolve as urnas ou sistemas de segurança do tribunal. Pessoa usa aplicativo e-Título, do TSE, em imagem de arquivo
Marcello Casal Jr/Agência Brasília
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (25), uma operação para desarticular um esquema de invasão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por meio do aplicativo e-Título. Entre as vítimas estão atletas, artistas, políticos e empresários — não identificadas pela corporação até a última atualização desta reportagem.
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De acordo com o TSE, a invasão não envolve as urnas ou sistemas de segurança do TSE. A TV Globo apurou que a fraude é cadastral, ou seja, informações incorretas de eleitores eram inseridas no sistema.
Segundo as investigações da "Operação Eleitor Protegido", o TSE identificou 158 registros de irregularidades realizadas por meio do aplicativo, que vão desde a emissão de título de eleitor até a inscrição como mesário voluntário, em nome das vítimas.
No entanto, segundo a PF, nenhum dos documentos gerados de maneira fraudulenta foram usados. Os crimes ocorreram em 2023 e identificados em julho do ano passado, quando teve início a investigação.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), São Miguel do Gostoso (RN) e Maracanaú (CE).
De acordo com a PF, os investigados devem responder pelo crime de invasão de dispositivo informático.
"A investigação terá continuidade para esclarecer qual era a motivação e o objetivo dos investigados com a invasão dos sistemas do TSE", informou a corporação.
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