'Vou te quebrar no meio': professor é investigado por suposta agressão a aluno autista em escola pública do DF
27/06/2024
Segundo família, diretora da escola informou aos pais e mostrou imagens das agressões. Polícia Civil investiga caso. Escola Classe 12 de Ceilândia, no DF
TV Globo/Reprodução
A família de um aluno autista e com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade denuncia que o menino foi agredido por um professor dentro da sala de aula de uma escola pública em Ceilândia, no Distrito Federal, em março deste ano. A Polícia Civil está investigando o caso.
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"Ele ficou muito quieto e não queria ficar na sala de aula. Quando ele dava crise, ele ficava muito agressivo e muito na defensiva. Tudo ele já acha que vai acontecer alguma coisa com ele", conta a mãe Thalia Teixeira.
O pai da criança conta que ficou sabendo da agressão no dia seguinte, quando a direção da escola entrou em contato com a família. Ela informou que teve acesso a imagens que mostram o professor agredindo o menino.
Uma educadora social que estava presente no momento da agressão contou à Polícia Civil que o professor puxou a criança com força da cadeira e a derrubou no chão. Em seguida, o professor pisou na barriga do menino e disse "vou ser expulso, mas vou te quebrar no meio", segundo os relatos da educadora.
Agressões
Polícia Civil investiga professor por suposta agressão a aluno autista
Após os relatos, os pais dos meninos conseguiram que o aluno falasse sobre as agressões sofridas dentro de sala de aula.
"Ele acabou abrindo o que aconteceu. Ele contou que o professor tinha chutado ele na barriga, jogado no chão, tinha dado um chute nele. Depois disso, ele ficou com medo de até voltar para a sala de aula", afirma Matheus Gutemberg.
Os pais dizem que não é a primeira vez que o filho chega machucado da escola. Em uma ocasião, o menino chegou com um arranhão, que disse ter sido feito por um colega de turma (veja foto abaixo).
Criança apareceu com arranhão em casa e disse que foi colega de turma
Reprodução
A família registrou boletim de ocorrência, e a diretora da escola entregou à polícia as imagens que mostram o professor agredindo o menino. Um mês após as agressões, a criança foi transferida para uma escola em Taguatinga.
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